Clara luz de olhos outros vi
na janela da casa do possível,
sendas mais belas que o dizível
me fitam do rosto que sorri
Doce trago no cálice do encanto
sorvo em sede de não ter motivo,
ao desfile calmo desse passo manso
assiste o ébrio que lhe é passivo
Dentro da noite, cálido cheiro
rescende da pétala, úmida flora
assim finjo saber-me inteiro
Em momento futuro como fosse agora;
tu és aparição, volátil enredar
bailas meu coração com asas de imaginar.
MF.
(para o alheio encontro, irmão eu-lírico)
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