Andava indiferente a fantasia.
A arte que transbordava dos pequenos signos
lhe passava, passava...
Por exemplo, este momento de meditar
ao escrever uma poesia,
por ela não era compreendido.
Uma estátua sem memória.
Um monumento à inexpressividade
que inspirava dúvida aos transeuntes
da praça:
- Você está bem?
No afã de ser despercebida
criava um imenso vão entediante.
Árvore secular petrificada,
parece-me que nem uma brisa lhe tocara.
Não bailas a mudança das estações?
Que vale de sombras profundo!
Nenhum eu-lírico pôde te alumbrar.
Arthus Fochi, 19 03 10
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oi irmão, estou pensando que esse atemporal monumento é aquela estátua da cantareira, estou certo?
ResponderExcluirse sim, é uma reflexão que eu tive também uma vez, uma estátua lá, comemorando a existência d'alguém sem nome, sem vida, enfim, sua palavras bastam. beijo
não conheço essa estátua da Cantareira, mas tive a impressão que vc falava de pessoas que seguem suas vidas de maneira rígida e não se permitem compreender a arte do cotidiano...
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